
Casa da Câmara Municipal e Cadeia
O edifício foi construído em 1840 para abrigar a Casa de Câmara e Cadeia Pública da recém criada vila de São João de Itaboraí . O prédio de arquitetura neoclássica foi restaurado e tombado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac) em 1979.
A Freguesia de São João de Itaborahy foi elevada a categoria de vila pelo decreto regencial de 15 de janeiro de 1833. A Câmara de Vereadores da referida vila foi instalada em 22 de maio do mesmo ano, e não se sabe em qual local, mas há três possibilidades: a primeira seria o Teatro da nova vila que era dirigido pelo grande teatrólogo João Caetano dos Santos; a segunda seria a Igreja Matriz de São João Batista; e a última, ao contrário das outras, que eram lugares públicos, seria uma casa alugada, mais isso, como eu mesmo já mencionei não passam de possibilidades, pois a Ata de instalação da câmara e seu arquivo não existem mais, foram perdidos com o tempo.
O prédio da casa da Câmara só começaria a ser construído em 1836, por solicitação do ano anterior, da referida casa legislativa ao presidente da Província do Rio de Janeiro, o Sr Joaquim Rodrigues Torres, também nativo da região de “Itaborahy” e futuro Visconde, como grandeza de Itaborahy.
“A vista das representações das Câmaras Municipaes das Villas de São João de Itaborahy e Marica, tenho determinado mandar-lhes prestar para edificar as respectivas casas da câmara e cadeia e de jurados, consignações mensais sejam suficientes para concluírem as obras até o fim do anno seguinte”
Conforme Ornellas Ramos o projeto da câmara foi elaborado pelo engenheiro militar alemão Major Júlio Frederico Koller, que também foi autor do plano urbanístico de Petrópolis em 1843 e o projeto do Paço Imperial da Concórdia. A obra só seria concluída em 1840, abrigando assim, no pavimento térreo a cadeia pública e no pavimento superior o plenário e demais salas para fins legislativos.
Forma eleitos para o cargo de vereadores: O barão de Itapacorá, Manoel Antônio Álvares de Azevedo como presidente da Casa; Severino de Macedo Carvalho, pai do ilustríssimo literário e historiador Joaquim Manoel de Macedo; Padre Manoel de Freitas Carvalho Magalhães, vigário da Matriz de São João Batista; José Augusto César de Menezes e José Barbosa Velho, possuindo assim a câmara cinco vereadores.
Pelo mesmo decreto de 15 de janeiro de 1833, criava também seis comarcas na Província do Rio de Janeiro, dentre elas a de Itaborahy.